Written by Dino Franco / Tião Carreiro
A Eu entrei num restaurante pra tomar uma cerveja E A Quando um tipo que andeja encostou-se no balcão E Apesar de maltrapilho pareceu-me inteligente A E pediu humildemente uma batida de limão A7 D E A Mas eu tive uma surpresa no copeiro mal criado E A Quis dinheiro adiantado para depois atender E E o rapaz interiorano dando prova de humildade A Satisfez uma vontade absurda no meu ver A O patrão que estava perto deu razão ao empregado E A Cabisbaixo e humilhado o mendigo se serviu E Demonstrando crueldade o dono do restaurante A De maneira arrogante resmungando prosseguiu A7 D A Eu de fato me aborreço com freguês pés de chinelo E A E pegando um para-belo exibiu depois guardou A E A E o rapaz de olhar manso nada disse, mas sentiu E A A D Outra dose ele pediu, mas primeiro ele pagou D A Trinta e dois dia de viagem A É uma longa caminhada D Aparecida do Norte D A Era o fim desta jornada A Nessa altura no recinto havia bastante gente E A Com pena do indigente que muito calmo falou E Se eu estou sujo e rasgado é de tanto caminhar A Porque preciso pagar alguém que me ajudou A7 D A Eu vi minha mãe doente de um mal quase sem cura E A E com essa desventura pressenti a fria morte A E A Então a Deus fiz um pedido e o milagre foi tão lindo E A É por isso que vou indo à Aparecida do Norte A Concluindo essas palavras deixou bem claro a lição E A Para os dois deu um cartão com as suas iniciais E Sou um forte criador de gado raça holandesa A Além de outras riquezas que tenho em Minas Gerais A7 D A Pelo meu tipo de andante eu aqui fui maltratado E A Mas eu fico obrigado pela falta de atenção E A Os senhores dessa casa não souberam me atender E A Quando deveriam ter um pouco mais de educação