Written by Joao Aparecido Goncalves, Aldair Teodoro da Silva
(trecho falado) "- Dia cumpadre! - Dia! - Ê cumpadre... Mas, hoje eu tirei um tempinho pra - visitar o sinhô viu sô? - É mermo é? - A gente anda muito atarefado né? - É - Quase num dá tempo de - Sei - Visitá os cumpade mas - É - Hoje eu arrumei um tempo pra vim aqui! - Satisfação minha! - Cumé qui anda as coisa por aqui cumpade? - Tá bão... maimenu... maioumenu - Óia, lá pra mim, num anda muuuuito bão não cumpade! - Tá não? - Pois é, o trem pra lá anda mêi fêi - Tá ruim? - É o sinhô sabe que... eu sei lá cumpade mas - Hum - Eu até vim aqui, acho mêi sem jeito de falá com - o sinhô mas - É? - Pricisei vim! - E quar qui é seu gáio? - É... é o siguinte cumpade! Eu vim... queria saber - se o sinhô pode imprestá dois mir conto pra mim? - Dois mir? - Sim! - Dois mir! - Eu preciso de dois mir! - É... bão... cuntece cumpadre que eu também tenho - umas conta pá pagá sabe? - É cumpade... mas, dependênu da data que o sinhô tem - o vencimentu eu trago pru sinhô de vorta! - Dáaaqui puns trinta dia, eu vô pricisá desse dinhêro! - Se o sinhô mi imprestá - Hã! - Eu pago o sinhô cum quinze! - Cum quinze? - Quinze dia! - É... intão eu impresto! - Ê cumpade! sinhô mi quebrá, eu vô ficá devênu ubrigação - pro sinhô! - Ô MUIÉ! pega esses dois mir que tá nu fundu baú trais aqui - pu cumpade pra disapertá ele! - Ê cumpade! - Hum! - Só o sinhor mermu pra fazer uma coisa dessa pra mim viu? - Mái óia aqui! Eu ispero nu máximo trinta! trinta dia! - Mái eu pago cum quinze cumpadi! - Paga? - Óia, daqui a quinze dia eu tô aqui! - Tá! - Eu sabia que o sinhô ia quebrá meu gáio cumpade! - Brigaaado! Daqui a quinze, eu tô aqui de novo!" F# C#7 Eu vou quebrar o seu galho, o dinheiro eu empresto F# Para evitar que seu nome seja sujo no protesto B F# Amigo é pra essas horas, a gente faz o que pode C#7 Isso é coisa provisória, será nossa promissória F# Sua palavra e seu bigode F# C#7 Passaram os 30 dias o nosso prazo venceu F# Esperei o meu amigo, ele não apareceu B F# Eu fui lá na casa dele, mas ele achou ruim C#7 Naquele exato momento, eu falei do vencimento F# Ele respondeu assim - Cumé qui vai cumpade? - HUMRUM... EU VÔ INU MAI OU MENO! - É... eu também tô maizumenu pu quê os dois - mir conto que o sinhô imprestô di mim lá em casa - tá fazênu farta! - EU NUM TÔ INTENDÊNU U QUE O SINHOR TÁ FALANU CUMPADE! - É... quando a gente deve, a gente num intende cum - facilidade mermu né cumpade! Mái, aquele dois mir - conto que o sinhô me imprestô, ieu falei que eu - isperava trinta dia! Sinhô falô nãaao! com quinze - eu paaaago! Já tá cum quarenta, i o sinhô té agora - num si isplicô! - ÓIA EU VÔ DIZER UMA VERDADE PU SINHOR! DE TANTO QUE - EU JÁ EMPRESTEI, PRA TANTA GENTE QUE EU TÔ DEVENDO - QUE EU NEM LEMBRO MÁI DESSE NEGÓCIO AÍ VIU - É... mái carece di lembrá... purquê dois mir conto - são dois mir conto! fais farta né cumpade? - SINHÔ QUÉ SABÊ DUMA COISA? - Hum - U SINHOR TÁ FALANDO É MUITA BESTEIRA NA PORTA DA - MINHA CASA! - Ô cumpade! o sinhô tá querênu, que eu vorte a pé - pra Minas Gerais? num dá! - ÓIA CUMPADE! SE O SINHOR NUM FOR IMBORA DAQUI - EU INDA VÔ TI CORTÁ DE CHICOTE! - Não... não, não, não, não... não, não - Num... violência naum! - Num pricisa cortá di chicote naum! eu vorto a pé - Mas, panhá eu num panho! - E qué sabê duma coisa? Esses dois mir cruzêro - Fica di ismola! F# C#7 Eu perdi o meu dinheiro, perdi o amigo também F# Agora de hoje em diante não empresto um vintém B F# Me serviu como um exemplo, foi meu derradeiro trampo C#7 Quem estiver apertado, quiser dinheiro emprestado F# C#7 F# Que vá emprestar no banco